quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Now we are moving forwards

Tonight I have a thing, and I'm not really trying to invite you. It was not a wild coincidence to see you here.

Let me tell you something, you and I have been kind of together for one and a half year and you have always spoken like a guy who isn't only my friend. I really just came to say goodbye and I guess it's pretty unbelieveble if I say "I'll miss you".

How could we do it? How could you do it (and you know what I mean)? I just want to see a litle optimism in the corner, that means we need to be independent. Me bymyself, and you by yourself, I mean alone.

So, I guess it is not possible, you are hilarious and I'm glad we can still manage it, that's kind of funny. Will I not invite you anymore to the sunday's brunch or to the friday's night out?


I must behave. I'm saying goodbye and you are the one who is living. So, you are not living because of me? And after all? Should I thank you for coming?

You know, I need you here like I need you there. I won't let you go at any price, you always said "we'd meet again". Maybe one day we'll look back to this and laugh, but now it is not my kind of joke.Nowadays it is my kind of Drama.

One day, maybe tomorow, something will bright up. So, for now, you will be forever the sweetest thing, the one I appreciate an I thank everyday every little thing you have donne for me.

In the last year it has been so intense, sometimes good, sometimes bad...

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Mudar Portugal

Sentada na biblioteca, refugiada no meio de livros de tantas áreas do saber. Escondida atrás do computador, enterrada num monte de livros e folhas cpm apontamentos que ninguém sabe se serão suficientes. Olha-se em volta conta-se o número de pessoas que estudam, que trabalham que se tentam informar para ver se um dia conseguem seguir nas suas carreiras os seus sonhos. Está a ser um mês especialmente complicado foi-nos dito que vamos ter que fazer mais furos no cinto, foi-nos apresentado o novo orçamento de estado que deixa uma classe média mais enfraquecida. Seria necessário tanto quando já temos tão pouco? Sim, não só era necessário como também era urgente que estas medidas fossem tomadas. Será o suficiente? Não, é preciso fazer mais, cortar mais, trabalhar mais e produzir o triplo gastando metade e utilizando um quarto dos recursos. Também devem incidir na classe média os novos cortes? Não, é preciso atacar em cima e em baixo. É preciso atacar os chamados "ricos", é preciso atacar aqueles que enriqueceram ilicitamente, é preciso atacar também aqueles que vivem do rendimento de inserção social e que não se conseguem inserir em sociedade. No meio da faculdade ouço criticas, ouço jovens que dizem que as coisas não podem continuar assim. Ouço os meus colegas a defender o indefensável. Ouço grupos a planear greves, manifs e revoluções. E pergunto-me : E se em vez de irem para a rua estes mesmos ficassem em casa a produzir? Viessem para a biblioteca trabalhar? Não seria mais benéfico para o país? São só ideias de alguém que quer empreender no futuro. De alguém que quer realmente: "Mudar Portugal".

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Paciência

Não tenho paciência para certas coisas, não tenho paciência para o discurso politicamente correcto de esquerda ou de direita. Não tenho paciência para a total ausência de valores. Mas, acima de tudo não tenho paciência para viver numa sociedade onde o papel do Estado é meramente simbólico, alias está totalmente pervertido. Hoje em dia as audiências no Parlamento são meros espectáculos de marionetas que não resultam em nenhuma conclusão ou em nenhum beneficio para o país, só para show off e audiências televisivas. O papel do Estado mostra-se totalmente corrompido quando são os mais ricos que têm que pedir ao Estado para pagar mais impostos. É ultrajante para os contribuintes e para todo o Povo ver que as medidas são feitas como os trabalhos de casa de um menino do segundo ano que tem mais pressa em ir jogar à bola do que em aprender a tabuada. Se não, seria impossível meses depois de terem aprovado o pagamento das scuts na maioria das estradas portuguesas, ter vindo a publico que estas trazem mais encargos a curto e a longo prazo para o Governo do que meios geradores de receita. Tenho pena que a noção de Estado tenha decaído, que a figura de Primeiro-Ministro não imponha o respeito que lhe era reconhecido. Tudo evolui "nada se perde, tudo se transforma" mas tenho pena e não paciência para o rumo que as coisas estão a tomar. Quero perder a paciência e fazer qualquer coisa para gritar : - "Sou portuguesa, venho do Portugal onde se conhece a importância das regras como na Noruega. Onde somos divertidos e acolhedores como só nós sabemos. Onde a justiça é célere como nos E.U.A.. Onde o SNS funciona sem falhas tal como o preconizamos. Onde o desemprego jovem é uma utopia e um mito, onde os jovens querem trabalhar e produzir. Venho do Portugal que as agências de rating classificam como AA+ "

terça-feira, 26 de julho de 2011

A difícil tarefa de educar

Faltas de educação, é tão fácil acusar os outros de as terem. Esquecem-se as pessoas que as piores são elas. Às vezes é tão fácil ser-se educado, ter-se um pormenor, pedir-se desculpa assumir um erro, calar quando se deve calar. O próprio orgulho, pode atingir níveis tais que se torna grosseria, a já falada falta de educação. O pior é quando essa vem de cima, de quem devia educar e ensinar coisas tão simples como o respeito, a delicadeza; no fundo os princípios básicos para a vida em comunidade, em família. Não digo que devamos ser todos amorfos só para não corrermos o risco de ser mal-educados. Mas porquê optar-se pelo extremo? Ensinaram-me em tempos (talvez agora as mesmas pessoas que se exaltam por uma unha encravada, como se do fim do mundo se tratasse) que os extremismos nunca são bons quer de direita, quer de esquerda. Quer em termos religiosos, quer em termos laicos. Por conseguinte, acho que o mesmo princípio deve ser empregue nas coisas mais simples do dia-a-dia. Isto é, tomemos como exemplo a mulher que chega a casa e vê que o marido deixou o prato fora do lugar, numa primeira situação não me choca nem me parece que ofenda qualquer feminista se ela o arrumar. Se a mesmo situação se repetir pela segunda vez, aí sim deve dizer-se qualquer coisa. Mas não me parece um caso de divórcio, um motivo de tal gravidade para se gerar uma onda de insultos e de palavras que depois de ditas não podem ser retiradas. Acima de tudo, há que haver ponderação e respeito em tudo o que fazemos. É a velha história do respeita se queres ser respeitado. Ricardo Reis dizia “Põe quanto és no mínimo que fazes” e é nesse principio que devemos basear a nossa maneira de encarar a vida e as relações. Vamos por toda a educação que temos no mínimo que fazemos, quer seja a comprar fruta, quer seja à procura de emprego.

domingo, 24 de julho de 2011

Segredos

É bom lavar a alma. É bom contar aquele segredo que queremos contar a toda a gente mas que nós próprios não sabemos porque o guardamos. É bom ser sincero. Tudo aconteceu no breve espaço de 1 minuto, uma diarreia verbal que não se pode parar, uma avalanche de palavras que nada congela.E quando damos conta, está dito não se pode voltar atrás. Não se pode dar duas gargalhadas e alegar que era uma simples brincadeira e que na realidade nada daquilo do que se disse deveria ter sido dito. Sabe bem poder partilhar-se momentos importantes com pessoas importantes, sabe bem partilhar segredos que fazem de uma amizade uma coisa tão forte e quase inviolável.

domingo, 10 de julho de 2011

Barulhos repentinos

Tudo acontece a um velocidade estranhamente rapida. Tudo muda num instante. E quando achamos que controlamos tudo, há uma reviravolta estrondosa que nos faz duvidar de tudo em que acreditamos.

Tem sido um ano especialmente difícil, e quando estamos a recarregar energias do último banho de água fria atiram-nos cubos de gelo à cabeça e pedem-nos um sorriso.

Não dá para se dizer muito bem se é revolta, se é indignação, se é injustiça ou o que quer que seja. Só sei dizer que é a realidade que tenho neste momento à minha frente e é a realidade com que tenho que lidar.

Qual é essa realidade? É a realidade de ver menos uma pessoa na minha família, na minha vida no espaço de 1 ano ou até mesmo no espaço de 19 anos. Não quero saber se é justo ou injust, não quero perguntar "porquê a mim?". Porque acho tudo isso ridículo, se as coisas acontecem alguma razão há que a própria razão desconhece.

Sim, perdi um tio que tinha 43 anos e que tinha uma vida pela frente. Uma daquelas mentes brilhantes, que em casa é a pessoa mais simples embora com uns laivos de um certo... pedantismo (?!?). Morreu de causa desconhecida em Londres, onde tudo aconteceu no tempo que se fala no primeiro parágrafo, aquele que que só a luz consegue igualar.

Não soube da notícia pela televisão, mas só a partir do momento em que vi na televisão consegui acreditar no que se estava a passar. Foi tudo tão rápido, tão repentinho que podia jurar que estava a dormir e que ia acordar em breves instantes. Tudo se tornou real com o barulho que não para. O som das teclas que marcam viajens para Londres, o som do telefone que não para de tocar. A repetição do seu nome e de todo o seu brilhantismo em cada noticiário que se abre, em cada manchete que se compra, em cada esquina que se cruza onde há sempre alguém que quer dar mais um abraço, que quer lembra que "rezo por todos". O som que não para, e eu que não consigo calá-lo.

O meu pai e o meu irmão chegam hoje de Londres, eles sim vêm com outra certeza, uma que eu ainda não tenho. Uma que ainda me custa aceitar. Parece que estaos a engolir em seco, a tapar um buraco com ar... Não há autópsia que nos dê uma reposta, mesmo com todas as pressões da presidência da república parece que temos que esperar. Não há um funeral que "encerre" as despedidas. Não chega o silêncio...

Não chega o silêncio e eu não consigo dormir.

sábado, 21 de maio de 2011

Sexta-feiras

Sexta-feiras A-> E se o meu chefe aqui estivesse? B-> Fingia que tinha alguma coisa inédita a reportar! A-> Não tens assim tanta imaginação. B-> Por ti tenho. Conversas estranhas metade reais metade fictícias, que fazem parte de um passado mas que continuam a ser prova do presente. Um subconsciente que me quer atraiçoar, e uma realidade que me tenta fintar. Um grupo de amigos que me desliga o telemóvel em mais uma noite de sexta. Um amigo que me abraça outro que me beija. Mas à noite, ninguém me prende, ninguém me proíbe. A sorte é que o álcool já não faz efeito. Sem duvida a noite mais estranha, mas das melhores.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

O nada que é nada mas que vai ser tudo

Alienação, confusão... Ninguém sabe muito bem ao certo o que será. Mas de uma coisa não há dúvida está carregado de uma forte irresponsabilidade e de um romper com as promessas feitas.

Mais vale tarde do que nunca, mas o nunca torna-se obsoleto quando se torna tarde de mais. Eu tentei e olhando para tras sinto uma inutilidade estranha, um não atingir dos objectivos que me envolve numa tristeza e nasce em mim um sentimento de impotência.

Vou dar o tudo por tudo, vou dar o litro e vou tentar invereter este ciclo.

quinta-feira, 28 de abril de 2011

Ser-se sincero ou não? Eish que questão!

Ando estranhamente bipolar! Não de uma maneira que tenha que tomar doses de lítio até à minha barriga inchar, mas de maneira a ter que para dormir e ponderar tudo o que digo! É bom dizer tudo o que pensamos, mas o problema é que pensamos em muita coisa e nunca pensamos nas consequências do que pensamos e do que dizemos. Não só não devíamos pensar como não devíamos dizer o que pensamos e pensar antes de dizer o que dizemos! Confuso hein? Engane-se quem diz que ser sincero é uma qualidade! É uma virtude!Só diz isso quem mente e não é sincero!E embora não seja uma verdade absoluta, eu colecciono provas quase científicas de que há coisas que nem ao cérebro devem chegar quanto mais aos ouvidos do comum dos mortais! A verdade é que a sinceridade não tem que esta associado nem à frieza nem à palavra bruta e seca. Embora seja também verdade que esta é maneira mais fácil de exorcizar e realidade, a verdade. Não eram as bases da amizade, das relações e da conivência entre os homens a capacidade de se ser sincero? De se não mentir? Cheguei à conclusão que ser ser verdadeiro é ser-se altruista ao mais alto nível! Mas ainda assim mascarado de egoísmo e falsidade. Entretanto, enquanto não se encontrar a cura para este mal publico vamos repreendendo as nossas vontades. Vou segurando os meus ímpetos de loucura!

sexta-feira, 18 de março de 2011

Há monstros a quem não se deve obedecer

"Porquê?" é a pergunta mais premente. Sabias que podias ter falado o que quisesses da maneira que quisesses comigo, connosco com as tuas amigas. Quando dizias coisas estranhas que ninguém parecia perceber e só dizíamos "é a Maria!". Sim, é a Maria, uma amiga que precisava das outras amigas. E as outras amigas fechavam os olhos, riam, reviravam os olhos, um golo de vodka, uma fatia de pão, um cigarro... E pronto, mudava-se de assunto. "Porquê?" é a pergunta que se tem que fazer a nós e a ti. Porque é que nós não fizemos nada para impedir? Porque è que tu fizeste isso? Porque é que não falaste connosco? Até me custa imaginar o que poderia ter sido se tivéssemos aparecido uma hora mais tarde... Tremo a pensar como iria ser eu sem ti. Passar os dias sem ti... Por favor fala comigo, mesmo que seja sobre os monstros, eu faço um esforço para perceber. Porque é isso que os amigos fazem, um esforço para perceber. E isso foi o que eu não fui, uma amiga que não percebeu e que embora cedo o suficiente, chegou tarde de mais... Agora só quero que tudo passe. Só quero passear contigo, a Starbucks não é a mesma sem ti, nada é a mesma coisa sem ti*

terça-feira, 8 de março de 2011

Que parva que eu sou

Não sei porque é que sou masoquista, mas sou! Acho que todas nós mulheres somos, e aquelas que não são, são masoquistas por não serem masoquistas!

Confuso, certo?

Bem não interessa, não é esse o pnto fulcral da questão. Nem sequer há ponto fulcral. Não há pontos, não há início, não há fim, pelo contrário. Há todo um emaranhado, de pontos, orientações mal dadas, pontos que se desencontram, que se encontram e chocam...

No fundo, eu sou parva. E não é só por fazer parte da geração Deolinda.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Manati

As pessoas fazem coisas sem pensar. Se for um gesto isolado desculpa-se, agora quando é recorrente e no mesmo espaço temporal e físico é demais.

Mas a palavra "desculpar" parece-me exagerada. Não peço perdão, porque acho que nunca o deixei de ter. Peço só maturidade, maturidade para perceberes que o que fiz não foi assim tão grave, bem vistas as coisas. Peço maturidade para me dares uma oportunidade de explicar o qu se passou.

Afinal a diferença de idades não é assim um "gap" assim tão grande entre nós. Afinal reages de maneira identica a mim ou um dos meus amigos, não tens coragem para me dares uma oportunidade.

Tens dois dias meu amigo... Dois dias, depois disse vou peceber da pior maneira se afinal gostava de ti ou não...

Beijinhos a tua morla*

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Eu sei lá, sei lá!

Achamos que conhecemos toda a gente que anda a nossa volta, achamos que temos resposta para tudo, achamos ainda que há coisas que só acontecem aos outros. Mas não é verdade nunca se conhece ninguém verdadeiramente, nunca haveremos de ter resposta para nada e há dias em que os outros somos nós. São essas respostas que me faltam, mas as perguntas não são formuladas todos os dias sempre que vemos o problema de outra maneira, que nos debruçamos no assunto. Mas faze-las a quem? Porquê? Porquê? Continuam as conversas, continuam as mensagens, continuam os risos, as cumplicidades! Mas só isto continua! Continua tudo isto e a situação de estranheza que nos envolve quando a seguir ao adeus não pode haver um "Amanhã a que horas e onde?". Não pode haver, porque Portugal na sua pequenez é grande e o Sul e o Centro\Norte ou como lhe quiserem chamar, continuam divididos! Apenas ligados por uma qualquer autoestrada no meio de tantas outras! Digo com sinceridade "não sei", digo com sinceridade "sei"! E digo uma imediatamente depois da outra, porque com sinceridade digo que a minha opinião varia de segundo a segundo. Preciso de provas físicas, provas de que tudo vale a pena, e não, a minha alma não é pequena. A minha alma é grande e por ser grande dá vida a todo o tipo de dúvidas e de incertezas. Será que um dia vão ter fim? Será que vai tudo acabar comigo fechada num quarto a chorar e com as minhas amigas a impingir-me álcool para afogar as mágoas? O problema, o grande problema é que as minhas mágoas sabem nadar! Nunca me achei pessimista. Mas começo a duvidar das minhas certezas! Não posso dizer que acredito no amor e numa cabana! Não posso dizer se é amor! Mas posso dizer também que não é amizade! Estou bem! Sim, não estou triste nem nervosa, neste momento. Mas no momento a seguir tudo pode mudar, tudo se pode tornar numa espera maliciosa pela chegada da próxima mensagem, ou pela resposta a uma provocação que se começa a tornar em algo sério. Sim, demoro muito tempo a formar uma opinião e a impedir que essa mude! Mas como é que essa se pode manter? Depois de tudo o que se ouve e nada se vê, nada se sente (literalmente nada se sente). Será para a semana, será para a semana que vou perceber, que vou por fim a todas as minhas dúvidas? Será neste mês? Se não for acabou! Mais uma vez desisto e agora sendo mesmo "fiel às minhas palavras".

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Tu em Erasmus, eu em Portugal

Passei horas em frente a um computador… Passei horas em frente a um computador para saber o que te dizer! É tão complicado, sim falamos de “porta a porta”. Mas no momento de te dizer tudo aquilo que me apetece de uma só vez falham-me as palavras. Falham-me as palavras para te dizer que vais para Erasmus, para te dizer que vou sentir a tua falta. Para te dizer que és o melhor que alguma vez me aconteceu.
Foi uma amizade programada! Foi uma amizade programada que correu muito bem! Que não foi só por nos terem “obrigado ” a conviver desde que me lembro, que hoje temos o que temos. Não, não foi só por isso! Foi porque realmente somos muito iguais e não há volta a dar a isso.


Agora como escrever todas as nossas semelhanças e diferenças de uma só vez? Se calhar não é preciso porque contra factos não há argumentos! Se calhar, basta reforçar a ideia de que és uma amiga única e que me rio contigo de maneira a que o mundo inteiro ouça! Não me lembro de não te conhecer mas também não me lembro de te esquecer. Embora me lembre de discussões pouco sérias e adultas que acabavam sempre com sorriso reconfortante.


Muitas vezes são-nos atribuídas as asneiras mais horrorosas, mas eu não consigo deixar de pensar nelas como os momentos mais maravilhosos e divertidos (sim, tenho dificuldade em aprender com os erros!). Da mesma maneira que a nossa amizade não foi baseada na superficialidade da forma mas sim na profundidade das vivências, hoje conseguimos não atirar água às pessoas que passam na rua e pisar o risco à mesma! Sim, quase matámos um bebe, mas o que é isso ao pé das gargalhadas que damos cada vez que se conta a história? Sim, partimos um prato do vizinho com uma fatia de pizza, mas também roubamos um sutien e umas cuecas à Sd. Guilhermina em proveito do meu futuro enquanto detective! Crescemos e as asneiras não podem ser assim contadas porque “what happens in vacations stays in vacations”!


Contudo, às vezes as gargalhadas falham, até porque eu e tu somos as nossas maiores críticas. Por isso, fico feliz quando recebo o teu olhar de aprovação, quando me dizes que estou errada quando faço filmes a mais na minha cabeça, ou em conjunto e bem do fundo do nosso orgulho admitimos que estamos erradas!
Tu és a amiga incondicional, que deixa marcas (e não no sentido figurado). As crianças que fomos ficaram a meio da viagem. Deixamo-las lá para podermos ser quem somos, mas cada vez que tenho dúvidas volto ao passado e recebo um retorno sábio.
Este texto está escrito, diria a tua avó, “sem coesão e organização”. Mas não é assim que dizem que nós somos? Duas “calinas” que se entendem e que percebem que quando uma diz que a batata frita parece “o corneto em forma de torta”, se refere ao Vianeta. Que quando uma diz “é óbvio que não, tu conheces-me” o que realmente quer dizer é “é obvio que sim nem sei como alguém tem dúvidas”.


No fundo crescemos juntas e no fim de contas vamos passar mais tempo uma com a outra do que com qualquer pessoa. Temos mais histórias para contar do que alguém que tenha vivido 100 anos (espero que já as saibas traduzir todas para Italiano).
Nestes seis meses que se avizinham, cada vez que entrar numa discoteca vou-me lembrar do nojo que nutres pela espécie masculina que insiste em usar manga cava e havaiana! Cada vez que passar no marco de correio vou-me lembrar de toda gente que eu fingi que conhecia (até que um dia a brincadeira correu mal). Cada vez que for a Salgueirais vou-me lembrar das “sandochas”, e por aí fora… Depois, quando tiver a idade dos nossos pais e achar exagero “falar de porta a porta” ou achar que já “somos demasiado adultas para…” cada vez que for a Roma, já sem ser em low cost e já a achar terrível dormir no chão, vou-me lembrar de…?


A amizade é um caminho difícil de percorrer. Nesta estrada obscura e cheia de muros não é de estranhar a necessidade quase imperiosa que temos uma da outra, o desejo de falar e de estar presente nos momentos mais importantes. Por isso, bem vistas as coisas e lembrando a lógica filosófica; Se a amizade é um caminho difícil de percorrer e se todos os caminhos vão dar a Roma. Então a nossa amizade vai ser difícil em Roma? É difícil percorrer a nossa amizade até chegar a Roma? OK, Filosofia nunca foi o meu forte!

Beijinho e boa viagem,
Amico di perizoma

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Percepção da amizade

É incrível a percepção que se tem da amizade. São agora 3.51 e acabei de ter uma conversa com uma amiga que me deixou completamente abananada. A questão é a seguinte, do grupo de amigos todo, sempre me dei bem com ela, nunca tive a menor duvida que fosse minha amiga, e uma grande amiga. Mas as nossas conversas de assuntos pessoais sérios, só as duas, acabavam brevemente e nunca sortiam grande resultado. Mas hoje, e depois de ela ter descoberto o meu blog, falámos e falámos muito! Falámos tanto que ela conseguiu dizer-me o que e não tinha coragem de assumir. Mas para falar disso, tenho que voltar à outra história da percepção da amizade! E o amigo em questão é o mesmo. Sim, as conversas continuam e duram horas. As cumplicidades, os insultos e os petit-noms carinhosos crescem a uma velocidade espantosa. Tanto é que às vezes quero correr, abrir a porta correr e estar com ele. Mas outras, outras... Outras ponho em causa tudo, começo a perguntar se não será arriscar demasiado, se não irei sair magoada. E depois, depois tento convencer-me que a piada é essa! Entrar no bloco operatório e sair suja de sangue, ir à guerra e levar um tiro de raspão. Quase morrer, mas no ultimo segundo ser salvo! E o que a minha amiga me deu a entender foi isso! " WHATEVER HAPPENS, HAPPENS FOR A REASON." disse-me ela! Do que eu depreendo: qual é a piada se viver se não for para sofrer, para rir no fundo, para viver! Vou à guerra e mesmo que leve um tiro vai ser só raspão, não me vai matar!

quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

É diferente quando somos nós

Numa versão mais soft é claro! Até porque não sou parte integrante de um casal, mas começo a perceber esses cineastas que demonstram tão bem a necessidade de se ouvir uma última vez a voz do outro, de se ler o que ele tem a dizer e de aproveitar todos os segundos enquanto as coisas estão bem. Hoje passei a situação mais caricata depois de uma conversa de horas as despedidas demoraram 20 minutos. E não, não estou a exagerar. Mas o mais estranho é que não sei o que se está a passar. Não percebo esta necessidade imperiosa de comunicação, de conhecimento do bem-estar do outro uma vez que não namoramos... Só sei dizer como é bom ouvir às 2.06 "vou dormir baby" , entretanto blabla bla eram 2.32 e ainda estávamos em despidas... Alguém me pode explicar o que é que se está a passar aqui ??

Ano Novo (L)

Fui surpreendida na passagem de ano. E ao contrário do que poderia imaginar gostei muito da surpresa. Ao contrário do que se possa imaginar gosto, alias adoro, do que adveio da surpresa. Conversas e mais conversas! Infindáveis conversas que tiraram o lugar ao silêncio ensurdecedor. Cumplicidades em vez de um pedaço de balalelas ditas depois de muita ponderação e com muita cerimónia. Risos sinceros e não de circunstância, elogios e um bluff tão mal feito que os dois percebem qual a realidade! Sem dúvida houve uma evolução! Ano Novo, amigos velhos! Agora ela sabe que quando diz "Sim jantamos!", não está a mentir não está à procura de um desculpa esfarrapada para não ir. A única coisa que procura é esconder o sorriso parvo, respirar fundo e dizer "Jantamos porque eu gosto de estar contigo. E fico triste se não me mandas uma mensagem durante o teu intervalo de estudo!" Vamos ver se ela se vai dar bem, se ele a vai magoar ou se ela vai ficar confusa e estragar tudo!