Pimenta na Língua
quarta-feira, 18 de janeiro de 2017
Querido P
segunda-feira, 16 de janeiro de 2017
Coisas que o congresso do jornalistas ignorou e que realmente interessam
terça-feira, 20 de dezembro de 2016
Preferências
sexta-feira, 16 de dezembro de 2016
Quem conta um conto #2
quinta-feira, 15 de dezembro de 2016
Aproveita as manhãs para ligar à família
Aproveita as manhãs para ligar à família. Nestas semanas que são dedicadas ao natal, há sempre tempo para tudo quando o tempo começa a faltar. E se falta… E pela primeira vez, há um bater de bola, um corridinho que não deixa saudade, nem vontade de mais. Contudo, depois há a tormenta das insónias, da azia. As duas fazem arder por dentro. Começa a fazer-se contas à vida e ao número de extintores que temos por perto. São sempre os mesmos a apagar os fogos, e é com eles que se pode contar. Faz-se muita coisa que não se deve, e maioria de vezes a solução é uma só: desligar o cérebro. A inquietação não o permite. Depois passa-se por um processo de irritabilidade. E a palavra oral tem sempre mais valor. Há combinações e compromissos e não se pode falhar. Tanto com os que vão sendo feitos com o nosso grilo falante, como com aqueles que vivem nas nossas vidas. Mais, aqueles para quem vivemos. E a somar a tudo isto, há a idade. Diria mais, a pdi. Esse monstro que vai tornando cada vez mais pequenas as horas de sono, que nos faz sentir o jantar até mais tarde. E que torna todos os dias os dias chá, por oposição ao dia da cerveja. É ela também que faz com que todas as horas deixem de ser a hora do chá. As listas intermináveis passam a ter fim e acabam nas infusões. Não nos arriscamos a passar das infusões, sob pena de a loucura de escolher um chá verde depois das onze da noite nos faça passar a noite acordados.
O futuro vai-se tornando presente, e o passado condescendente.