Este fim-de-semana estava num jantar para celebrar um março importante do jornal para onde trabalho, depois de um dia intenso de trabalho onde muita coisa correu mal e onde se sentiu a vantagem de se ter uma equipa a almejar os mesmos objetivos, a ceia decorria bem regada. Trocavam-se piadas embriagadas e decidia-se o lugar onde se continuaria a festa. É no meio de uma noite fria apenas aquecida pelo álcool que nos corria no sangue que se ouve:"o Sócrates foi detido".
Estávamos em direção ao bairro alto, quando soubemos a notícia ironicamente parámos à frente da PGR munidos dos nossos telemóveis e da nossa lista de contactos. Aquele era o momento. O nosso corpo começava a trocar o álcool pela excitação do momento. Há uma equipa que se disponibiliza quase imediatamente para ir para a redação. Eu fui um deles. Como não poderia ser? Foi quase num ímpeto, uma reação pavloviana que me fez querer estar ali. Aquele era o momento. Foi por aquilo que eu trabalhei. Foi para aquilo que eu estudei. Aquilo é a minha vida.
Fazer o que se gosta é abandonar uma festa para se ir trabalhar e isso tornar-se numa festa ainda maior.
Sem comentários:
Enviar um comentário