Mas agora indo ao meu A. que eu conheço desde... Bem conhecer, conheço-o desde a primeira classe mas só começo a ter memória dele na minha vida na altura do básico. Como qualquer relação de menina-menino, nestas idades de cão e gato, eu e o A. tivemos altos e baixos. Os altos foram sempre muito altos e os baixos, bem os baixos não foram nada de especial.
Sabem quando viajam até ao outro lado do mundo, até à outra margem, até ao outro lado da estrada ou descem um andar de elevador e pensam que queriam partilhar esse momento com um amigo? Pois o A é esse amigo.
O A. está nos momentos importantes, está nos momentos parvos, está nos momentos que vamos esquecer e nos momentos que vamos lembrar para sempre. Um verdadeiro amigo, daqueles que já não se fazem. Como qualquer (meu) amigo o A. tem um feitio particular, tem piadas que deixam os corações mais frágeis petrificados e tem o meu amor incondicional.
Um coração frágil que escondido no corpo de um homem forte se diz capaz de aguentar tudo. Uma ironia e por vezes rispidez que usa como escudo da sua bolha inviolável. (É claro que aqui o inviolável ganha a mesma conotação do irrevogável do Portas.) De vez em quando, muito de vez em quando, o A deixa-nos entrar no seu mundo, partilha o que o preocupa e até nos conta segredos.
Este aniversário foi particularmente especial para o A., contou um "segredo" à maioria dos amigos e à família. Cheio de macaquinhos no cérebro achou que os 23 eram o ano. E nós dissemos "Ainda bem". Cheio de macaquinhos no cérebro esperou que nós tivéssemos reações de macaquinhos, de primatas, de hulligans talvez.
Mas o A. sabe, e eu também sei, que embora este ano tenha sido especial. Não é este ano que o define, que nos define. Chegámos a este ano juntos, graças a todos os outros que ficaram para trás. E vamos continuar este caminho porque, como dizem os senhores da Chico "A felicidade é uma viagem que se faz desde pequenino." E eu, desde pequenina que só sei ser feliz com ele.
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