Se estás a ler isto já fizeste 30 anos. Escrevo-te em 2014, quase no final, um ano que foi do caraças. Mesmo com os problemas graves, que tive, durante o ano encontrei sempre a solução e consegui ver sempre que tinha gente do meu lado, a por-se na linha da frente para sofrer comigo.
Este ano acaba em standby, uma conversa complicada para ter que ainda não tive coragem, e dois problemas para resolver que ainda vão dar algumas dores de cabeça. Espero que te estejas a ler isto e rir-te enquanto pensas em como tudo se resolveu rapidamente.
Tenho 22 anos, a caminho dos 23, e tenho a minha vida na flor da idade, cheia de planos e sonhos com meta e data limite. Os 30 são a data. Na altura em que me leio já só me deve faltar casar e ter filhos, e para isso ainda mais 3 a 5 anos.
Espero que já tenhas sido enviada a um conflito e que tenhas feito a diferença com o papel e a caneta. Espero que já tenhas um contrato, que continues a depositar toda a tua energia no trabalho que fazes e que ele te continue a dar tanto prazer como me da a mim neste momento.
Mas acima de tudo espero que sejas feliz. Que tenhas mantido os teus amigos, que não tenhas esquecido a tua família, (que tenhas finalmente perdido o medo de ir ver o que se passa com os teus rins). De preferência que já não fumes, que continues a saber apreciar um bom copo de vinho e uma boa refeição. Que rir seja a coisa que mais gostas de fazer.
Que saibas viver na simplicidade, que te lembres todos os dias do que o teu pai e a tua mãe te ensinaram. Que nunca te tenhas vergado ao poder, à pressão e que te mantenhas com coluna vertebral. Podes não ter nada, dinheiro no banco, casa em teu nome mas que nunca tenhas perdido a tua coluna vertebral.
Beijinhos
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