quinta-feira, 25 de julho de 2013

Católica II

(...) Entro na sala fria, onde os livros e processos nas estantes estão organizados por ordem alfabética. Os cheiros a humidade, pó e utopia a que a FCSH me habituou são agora trocados por um odor a liberdade organizada. Espera-me mais um professor que no olhar tem o cansaço e a compreensão de avô.

Nem os sorrisos dos dois júris me acalmam, a medo vou respondendo pergunta a pergunta. Nada do que havia treinado foi automático. Fingia um à vontade, fingia estar presente, fingia uma confiança que não tinha.

Seis perguntas depois e um voto de boa sorte despeço-me tímida, sem a mínima ideia de como poderá ter corrido. Recomeçam as chamadas, as perguntas incassáveis e a certeza de todos os que não estiveram presentes que foi um sucesso.

Nunca fui uma teórica, por isso as suposições do que poderia ter sido, do que poderia vir a ser não me estavam a convencer. A única coisa que interessa é a resposta, as consequências e a responsabilização que iriam chegar passadas 48horas.

Um dia antes da data enquanto falo com A. (claro que tinha que ser o A.) num repente digito o sítio da Internet onde esperava ver o meu nome. Mais uma surpresa em relação à FCSH, a Católica não só cumpre os prazos como também se antecipa . E assim recebo a notícia: sou oficialmente um potativa futura mestre.

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