sábado, 18 de janeiro de 2014

Vidas esquizofrénicas


Terça-Feira dia 14 de Janeiro de 2014

Acordar às 7 da manhã. Trabalhar. Almoçar às 15h. Trabalhar. Mas trabalhar com prazer porque quando se faz o que se gosta o cansaço demora mais tempo a instalar-se. Sentimo-nos atraídos pelo nosso trabalho e nada nos parece impossível. Trabalhar com muita energia, mesmo com poucas horas de sono. Porque quando se faz o que se gosta apenas há uma semana a cafeína é o próprio trabalho. Sair mais cedo do trabalho para se entrar num teste do mestrado que só acaba às 22h.

Sair do teste. Ir à Bertrand comprar um presente. Chegar a casa de uma amiga e poder descansar. Ter todos aqueles de quem mais gosto à minha volta. Rir com eles e trocar os presentes de Natal. Sim, os presentes de Natal a meio de Janeiro. A nossa vida é esquizofrénica, eu avisei.

Sair do jantar cansada, mas de barriga e alma confortada. Chegar a casa e querer dormir... O telefone vibra. É uma mensagem da minha MS. Está mais feliz porque esteve com os amigos. Mas não deixa de estar preocupada de se sentir mal e sem chão. E, para mim esta é a maior esquizofrenia. Como é que alguém que, para mim, é o mais importante que uma pessoa pode ter no mundo se sente assim? Como é que o bastião da segurança anda assim?

Oh minha MS se eu te pudesse tirar todas essas preocupações eu fazia tudo o que me pedissem. Oh minha querida amiga se me dissessem o que tu realmente sentes e qual a resolução desse mal eu fazia-o. Oh minha mais antiga amiga se me dissessem que uma palavra minha era capaz de te acalmar eu nunca mais me calava. Oh minha querida amiga só te quero ver bem e feliz. Mais uma vez. Outra vez. E para sempre.

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