quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

As Redes Socias

          Antes de começar este desabafo devo deixar bem claro que não sou uma velha do Restelo e que estou contra todos os velhos do Restelo que preconizam o fim do mundo cada vez que há uma novidade.

           Facebook, twitter, likedin, Google+ .... Podia ficar aqui até amanhã. O que há de comum entre elas? São redes sociais que servem para facilitar o nosso dia-a-dia, o nosso contacto, a veinculação de informação.

           Mas até que ponto devem substituir o contacto? Quando é que se deve parar? Qual o limite do que se deve publicar?

           Morreu hoje a mãe de um amigo meu. Eu, ao contrário da maioria dos nossos amigos, não soube da notícia pelo Facebook. Nos últimos meses da sua vida as notícias circulavam no facebook dos filhos com a mesma urgência que circulava o nascimento da filha da Shakira.

           Hoje, a hora da sua morte foi às 16h sendo que às 17h a comunidade cibernáutica era bombardeada com fotografias e frases dedicadas à falecida. O facebook dos três, espera-se, chorosos filhos tornou-se no depósito lan de mensagens de apoio e de condolências.

            Para mim, que não me considero especialmente retrógrada, foi um pequeno choque com a realidade. Costumo ouvir a frase "se o mundo muda, aprende a mudar com ele", mas eu não quero fazer parte desta mudança.

            Os filhos parece que têm mais pressa em actualizar os estados para orfãos do que chorar a morte da mãe. Os amigos escondem-se atrás de uma máquina. Os sentimentos são toldados e banalizados.

            É nisto que o mundo se está a tornar? Se é , não quero mudar com ele.

         

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